O alimento que você adquire na feira municipal vem carregado de histórias por trás de cada banca

Na correria do nosso dia-a-dia, muitas vezes passamos por situações no automático. É natural por exemplo, comprarmos verduras em uma determinada banca todo domingo e nem sequer sabermos o nome do feirante.

Pensando nesse aspecto essas entrevistas vem para dar voz a esses trabalhadores que fazem a diferença na nossa vida, através de uma alimentação mais saudável com alimentos orgânicos. Será apresentado os relatos de alguns feirantes, abaixo na composição da história de cada um.

Box 01B/02B – Pamonharia da Cida / Feirante: Aparecida Niceia Ferreira Leite

Popularmente conhecida como “dona Cida da Pamonha”, trabalha como feirante, vendendo pamonha a 23 anos.

Sua história se iniciou em uma viagem ao Estado de Goiás, onde observou seu sobrinho fazendo uma adaptação a um ralador de milho na energia elétrica.
Ela conta que achou interessante a ideia e quis trazer um equipamento desse para começar a mexer com pamonha. Logo seu esposo disse que não daria certo. Mas a mesma persistiu e começou a fazer pamonha com apenas um saco de milho. “O negócio foi dando certo cada vez mais e hoje eu faço em média 600 pamonhas por semana. Ainda bem que não ouvi meu esposo”, afirmou.

Hoje ela emprega diretamente seis pessoas que trabalham em sua banca e três pessoas que trabalham no auxilio direto na produção no campo. Ela conta com muito orgulho que através da profissão de feirante, formou seus três filhos, cada um hoje possui duas faculdades e todos estão concursados.
Ao relatar sua história, dona Cida se emociona. “ Eu faço tudo com muito amor e dedicação. O fruto do meu trabalho são os benefícios que eu posso dar aos seus filhos”, disse.

A feirante afirma que não se vê fazendo outra coisa. “Eu amo o que faço e pretende continuar até quando eu tiver saúde para trabalhar”, afirmou.

Box 48-A Feirante: Adilio Esmael Fernandes Nascimento

Seu Adilio conta que já fez de tudo um pouco nessa vida. Trabalhou com gado, serviços gerais, operador de máquina e muito mais.

O início da sua profissão como feirante se deu quando ele começou a trabalhar para um feirante, e que as sobras da feira ou os produtos que não estivessem com aparência não atrativa, o seu patrão dava a ele, onde o mesmo vendia por um preço menor nos seus intervalos. Com isso ele foi pegando gosto pela coisa, economizando sempre, onde viu que dava para ganhar dinheiro e assim foi trabalhar por conta própria. O patrão já não exerce mais a profissão de feirante, e Adilio conta da sua gratidão por ele. “ Agradeço por ele ter dando a oportunidade e faço questão de não cobrar as verduras que ele pega aqui na minha banca”, declarou.

Logo se percebe o dom para o empreendedorismo que o feirante possui. Desde o início das suas vendas, até nos dias de hoje, quando sobra muita verdura, ele vende por um preço menor aos vendedores de verdura de rua, que acabam arrematando seu estoque final.

Ele afirma que a profissão trouxe estrutura para vida dele, que migrava de cidade em cidade e ainda que o lema de vida dele é: “O homem só envelhece quando os lamentos substituem seus sonhos” Provérbio Chinês.

Box 32 B Feirante: Marines Bernardo Prates / Matheus Bernardo Prates

Marines conta que todos seus irmãos são feirantes e que sempre insistiram para que ela começasse a trabalhar no ramo. Mas que ela nunca quis. Porém essa realidade mudou.

Matheus, filho de Marines, hoje com 17 anos de idade, desde aos 10 anos, trabalhava diretamente na produção com seus tios feirantes. Sendo assim, possuía o conhecimento da produção e da venda.  Contudo, Matheus decidiu ter seu próprio negócio e por ele ser menor de idade, a sua mãe desde então, teve que acompanhar e trabalhar junto em família.

Marines e sua família

A feirante afirma gostar muito do que faz. “Faz três anos que somos feirantes e pretendemos continuar, pois gostamos muito do que fazemos. É gratificante fornecer nossos produtos aos clientes”, disse.

Marines tem profunda admiração pelo filho ser tão jovem e já ser empreendedor.

A Associação dos Feirantes de Tangará da Serra, foi fundada em 20/02/2003, mas a Feira do Produtor existe a 23 anos.

Hoje a feira é composta por 309 box, tendo uma mensalidade fixa por box de R$ 60,00 reais mensais, que é de responsabilidade de arrecadação da Associação. E o alvará de funcionamento anual no valor de R$43,00 por box, sendo de competência de arrecadação da Prefeitura Municipal de Tangará da Serra-MT.

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Segundo o presidente, Pedro José de Freitas, a associação possui uma parceria com a Secretaria de Agricultura do município, onde fornece alguns maquinários em auxilio a classe. Onde a missão da Secretaria é Promover políticas publica de desenvolvimento do meio rural do município de Tangará da Serra, de combate ao êxodo rural, inclusão produtiva social e ambiental, comercialização e ampliação de renda da agricultura familiar, contribuindo com a soberania alimentar, o desenvolvimento da economia local e sobre tudo na melhoria de vida do homem do campo.

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